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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

João de Barro

         

                   Escuridão, sufoco, angustia e o medo, estão todos juntos dominando os seus últimos segundos. O tempo estava acabando enquanto sua vida passava diante de seus olhos, e acada milésimo de segundo ela se arrependia de suas escolhas e ações, mas não adiantava mais olhar para trás, seu destino já fora selado.
                  Sempre achou que não tinha medo da morte, entretanto agora que estava enclausurada naquele sarcófago de vidro, o desespero lhe corria por suas veias e um grito sufocado tentava sair, porém ninguém a escutaria, nem aquele homem já não mais escutava.
                    Ele, agora já sentado, estava respirando com certa dificuldade, fizera muito esforço durante aquela noite, mas sabia que havia valido a pena. O sangue do seu braço secara, só lhe restava as marcas de alguns arranhões que seriam a lembrança da resistência de sua amada. Ele não sabia que ela tentaria agir daquela maneira, em hipótese alguma queria machuca-lá, entretanto a resistência dela havia passado dos limites. Por que sua pequena não conseguia entender que para preservar um amor precisamos guarda-lo, para que nenhuma pessoa o roube?
                     No entanto agora ele pode dormir tranquilo, ninguém iria tira-la dele, pois ela estava segura abaixo de seus pés.

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